“Educação em tempo de pandemia – da planificação à operacionalização”
Inscrições encerradas, poderá assistir ao evento em http://fb.me/apaisesm
A pandemia provocada pelo Covid-19 teve repercussões em todas as áreas, obrigando os países afetados a encerrar as escolas – as crianças e jovens que ficaram confinados às suas casas terão, então, de demonstrar que mantiveram a capacidade de aprender e as escolas, por seu turno, terão de dar provas de que mantiveram a sua competência para ensinar. O país encontrou-se, quase de um dia para o outro, fechado em casa e forçado a adaptar-se, mas, acima de tudo planear tudo de novo, em face de uma nova realidade. A mudança surgiu mais por necessidade do que por vontade, tornando-se intrusiva e, por vezes, perturbadora, levantando uma dificuldade em conciliar tantas frentes abertas, nas escolas como nas famílias, nunca esquecendo o papel fundamental que as autarquias desempenharam na adaptação a esta nova realidade mas, também o papel acometido às associações de pais na busca de soluções, no esclarecimento,
na clarificação e no apoio para a resolução das situações criadas. Identificaram-se tarefas e projetos de educação e formação, para se realizar em teletrabalho, forneceram-se os equipamentos de informática, instalação de software e acesso a internet, necessários, garantindo a execução do trabalho de forma remota e segura. Ferramentas digitais como o Teams, a plataforma Moodle, o Skype, o WhatsApp, e outras disponíveis no Google Docs, têm possibilitado a oferta contínua de aprendizagem e educação indispensáveis para a qualificação dos intervenientes neste processo. Desde a forma como os professores ensinam e interagem nestas plataformas, até ao modo como os alunos se desenvolvem, ganham competências e conhecimento, há muito mais caminho do que aquele que separa os ecrãs de quem dá as aulas e de quem as recebe. Esta pandemia, se algo de bom teve, foi o de mostrar como a tecnologia pode contribuir para esta nobre missão de educar. Contudo, e há que sublinhar este aspeto, a inovação e a tecnologia, por si só, não substituem o papel humano das escolas, a sua função de proporem um local partilhado de aprendizagem em contexto presencial e participativo, no qual as relações interpessoais desempenham um insubstituível papel de socialização e de formação dos indivíduos. A escola não se resume a professores a ensinarem e a alunos a aprenderem. A escola é vida e ganha vida com as vidas das suas crianças e jovens. O gradual regresso à normalidade vai permitir compreender essa realidade de forma mais plena e, como comunidade, iremos valorizar devidamente as escolas por este papel único. Há, contudo, um aspeto da maior importância: neste processo nenhum aluno pode ficar para trás. Sabemos que face a uma planificação que se fez apressada, há uma operacionalização, face a um novo ano letivo no horizonte que se pretende efetiva, a bem do sucesso dos alunos mas, onde todos são chamados a cumprir as suas responsabilidades. Urge que se aposte na tecnologia e na inovação para todos, como fatores da maior importância para o futuro da educação. Não por uma questão de necessidade, como agora sucedeu com o confinamento, mas sim por uma questão de vontade, porque o mundo vai voltar a acelerar e a educação deve acelerar com o mundo – não contra ele. Mais inovação, mais tecnologia, mais meios, mas também mais humanidade. Mais e melhor escola: porque é aí, mais do que em qualquer outro local, na escola física, e na continuação da escola em casa que estas duas dimensões têm potencial para coexistir e gerar excelentes resultados.
Continuando com a nossa missão de querer fazer parte da solução, acreditando que, efetivamente, “Juntos Somos Mais Escola”, entendemos de ser o momento de trazer a debate esta questão, procurando perceber de que forma é que os principais agentes do processo educativo (ME, Autarquia e Movimento Associativo Parental/Famílias), perspetivam todo este processo de operacionalização do novo ano letivo, face a esta “nova normalidade”, e um arranque que se perspetiva misto, convidando para um webinar a realizar no próximo dia 03 de Julho, pelas 21h00, o Diretor Geral da DGestE Dr. João Miguel Gonçalves, a Vereadora da Educação da Câmara Municipal da Maia Dr.ª Emília Santos e o presidente da CONFAP Dr. Jorge Ascenção.
Evento gratuito, mas sujeito a inscrição previa. Terá transmissão através do Facebook da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundaria da Maia.
A Direção Associação de Pais da Escola Secundária da Maia